Nos anos
1940, o economista austríaco Joseph Schumpeter usou o termo “destruição
criativa” ao se referir às inovações tecnológicas que destroem formas antigas
de produção. Nessa semana que passou, fiz um breve comentário sobre esse
assunto em sala de aula.
Nos anos 1980, quando ingressei formalmente no mercado
de trabalho, havia, na empresa em que eu trabalhava, um setor dedicado a responder
questionamentos de clientes, que empregava um exército de datilógrafos. Nunca
mais voltei àquela empresa, mas com certeza aquele setor, se ainda existe,
passou por uma profunda reestruturação.
Inovações tecnológicas no setor de informática destruíram empregos, empresas e formas obsoletas de produção e gestão. Empresários inovadores como Bill Gates são a força motriz do capitalismo. Mas sempre houve, mesmo em formas pré-capitalistas de produção, aqueles que tentam de uma forma ou outra impedir o avanço tecnológico. Aí está a grande diferença entre o mundo desenvolvido e todo o resto. Desde a antiguidade, algumas nações historicamente desenvolveram instituições que facilitam o processo de inovação e outras fizeram o contrário.
Inovações tecnológicas no setor de informática destruíram empregos, empresas e formas obsoletas de produção e gestão. Empresários inovadores como Bill Gates são a força motriz do capitalismo. Mas sempre houve, mesmo em formas pré-capitalistas de produção, aqueles que tentam de uma forma ou outra impedir o avanço tecnológico. Aí está a grande diferença entre o mundo desenvolvido e todo o resto. Desde a antiguidade, algumas nações historicamente desenvolveram instituições que facilitam o processo de inovação e outras fizeram o contrário.
Também nessa semana que passou, o jornalista Gilberto Dimenstein anunciou uma excelente notícia em termos de mobilidade urbana: pesquisas demonstram que utilizar o UberPOOL é mais barato que usar ônibus. Quem poderia imaginar isso anos atrás? Andar de “táxi” mais barato que de ônibus? Inacreditável. Mas, conforme eu mencionei, sempre houve aqueles que tentaram e ainda tentam impedir o avanço de novas tecnologias.
Muito bem, o candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomano, disse em seu horário eleitoral gratuito que pretende regulamentar o Uber. Ou seja, entre outras coisas, todos os funcionários da empresa Uber devem estar submetidos à legislação trabalhista (CLT).
Convenhamos,
caro leitor, a legislação trabalhista deve, pelo menos em tese, proteger os
interesses do trabalhador. Obrigar todos os motoristas Uber a se submeterem à
decrépita CLT, inspirada nas concepções fascistas da Carta Del Lavoro, de Benito
Mussolini, favorece a quem? Com certeza, aos motoristas Uber é que não é. Ou alguém
viu esses motoristas reivindicando essa inclusão?
Resumo da ópera, além de tentar impedir que uma nova tecnologia melhore a vida das pessoas, o “especialista em Direito do Consumidor” e candidato a prefeito, Celso Russomano, se eleito, irá usar a legislação trabalhista contra os próprios trabalhadores. Se tudo isso não bastasse, os outros candidatos a prefeito não são muito melhores. Por essa razão, pela primeira vez, estou pensando seriamente em anular meu voto nas próximas eleições.