Hoje, dia 15 de março de 2015 ,
é um dia para se comemorar, mas também para se ficar apreensivo. O povo
brasileiro deu uma aula de democracia. Foi às ruas e, em clima familiar,
protestou pacificamente contra o governo mais corrupto da nossa história. Nunca
antes na história desse país, um movimento político levou tanta gente à rua.
Estima-se que só na Avenida Paulista, em São Paulo , havia um milhão de manifestantes. Isso
nunca aconteceu na nossa história, nem durante o Diretas Já, nem durante os
protestos de junho de 2013.
15 de março de 2015, um dia para ficar para a história
A parte ruim dessa história
é que, tudo indica, estamos caminhando para uma situação de ingovernabilidade e
não sabemos como isso vai terminar. A presidente, assustada, não deu as caras,
escondeu-se no Palácio do Planalto e mandou dois ministros para uma coletiva de
imprensa. Os ministros Miguel Rossetto e José Eduardo Cardozo repetiram o mesmo
discurso requentado que não convence mais ninguém. Primeiramente, Cardozo disse
que as manifestações fazem parte do processo democrático. Que moral um partido
que defende os regimes de Cuba e Venezuela tem para falar sobre democracia?
Cardozo disse que o governo vai propor um pacote anti-corrupção. Que moral o
partido mais corrupto da história tem para isso? Disse ainda que o governo vai
propor uma reforma política. Novamente, que moral um partido que recorre às
medidas mais sórdidas para chegar ao poder tem para tanto?
As ponderações de Rossetto
foram ainda mais infelizes. Repetiu novamente que a crise econômica se deve a
fatores externos. Todos nós sabemos que isso não é verdade. Com relação às
manifestações, alegou que elas foram produzidas por pessoas que não votaram em Dilma. Ou seja, as
pessoas nas ruas estavam com raiva de Dilma ter ganhado as eleições. O povo na
rua nada tem a ver com os desvios da Petrobrás, com a crise econômica e com as
mentiras ditas pela presidente durante a campanha. É só raiva de quem perdeu as
eleições.
Resumindo, esse governo não
tem nada mais a dizer e, mesmo se tivesse, ninguém aceitaria, pois sofre uma
crise de credibilidade. Durante a entrevista, houve panelaço. A população não
quer nem ouvir o que essa turma tem a dizer, preferem bater panela. E estão
certos. A situação tende a piorar. Estamos caminhando para uma crise de
governabilidade, uma paralisia do Poder Executivo. Se Dilma fosse uma pessoa
mais correta, sensata e humilde, renunciaria para o bem estar da nação.
Infelizmente, ela não fará isso. Vamos ter de esperar para ver como essa peça
vai acabar.
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